23/07/2017

SEARA NOVA

Ano de 1922

Corpo Directivo: Aquilino Ribeiro, Augusto Casimiro, Faria de Vasconcelos, Ferreira de Macedo,  Jaime Cortesão, José de Azeredo Perdigão, Câmara Reys, Raul Brandão, Raul Proença
Periocidade: Publicação quinzenal sobre doutrina e crítica

Números disponíveis:
 5 – 6 – 7 – 9 – 10 – 14 – 15 – 16 – 17 – 18 – 19

Ano de 1923
Números disponíveis:

20 – 21 – 22 – 23 – 24 – 27 – 28

Ano: 1924
Números disponíveis:

29 - 30 (*Os exemplares 29 e 30 estão bastante danificadas pelo tempo e uso)
31-32-33-34-35-36-37-38-39-40, em bom estado de conservação.

Ano de 1925
Números disponíveis:

41-42-43-44-47-48 -49-50-51-52-53-54-55-57-59-60-61-62-63-64-65-66

Ano: 1926
Números disponíveis:

67-68/69-70-71-72-73-74-75-76-77-78-79-81-82-83-84-85-87-88-90-91-92-93-94-95-96

Ano: 1927
Números disponíveis:

97 – 98 - 99- 100 (sobre Raul Brandão) – 101 -  104 - 105- 106 -  109-  111 - 112

Ano de 1929
Números disponíveis:

144 – 145 – 146 – 147 – 148 – 149 -150 -151 – 152 – 153  – 155 – 156 – 157 – 158 – 159 – 160 – 161 – 162 – 163 – 164 – 165 – 167 – 167 -168 – 169 – 170 – 171 – 173 – 174  – 177 – 178 – 179 – 180

Ano 1933

Corpo Diretivo: Câmara Reys, Jaime Cortesão e Sarmento Pimentel

Números disponíveis:

344-345-367-368-369

Ano 1934
Números disponíveis:

370-371-372-373-374-375-393- 395-395-396-397-398-399-400-401-402-403-404-405-409-410-411-412-413-414-415-416-417-418-419-420-421-422-423-424

Ano 1935
Números disponíveis:

425-426-427-428-429-430-431-432-433-434-435/6-437-438-439-440-441-442-443-444-445-447-448-449-450-451-452-453-454-455-456-457-458-459-460-461-462

Ano 1936
Números disponíveis:

463-464-465-466-467-468-469-470-471-472-473-474-475-476-477-478-479-480-481-482-483-484-485-486-487-488-489-490-491-492

Ano 1937
Números disponíveis:

493-494-495-496-497-498-499









Ano 1941
Números disponíveis:

699-700-701-702-703-704-705-706-707-708-709-710-711-712-713-714-715-716-717-718-719-720-721-722-723-724-725-726-727-728-729-730-731-732-733-734-735-736-737-738-739-740-741-742-743-744-745-746-747-748-749-750

Ano 1942
Números disponíveis:
751-750-751-752-753-754-755-756-757-758-759-760-761-762-763-764-765-766-767-768-769-770- 771-772-773-774-775-776-777-778-779-780-781-782-783-784-785-786-787-788-789-790

Estado de conservação: Muito bons/bons.
Referência:

Referência: 1707040
Preço:
Anos de 1922 e 1923 a 10,00 € cada exemplar
Anos de 1925 e 1926 a 7,50 € cada exemplar
Anos de 1927 a 1929 a 6,00 € cada exemplar
Anos de 1933 a 1937 a 5,00 € cada exemplar
Anos de 1938 a 1942 a 3,00 €  cada exemplar


Para lotes de quantidades superiores a 5 exemplares tem um desconto de 10% a incidir sobre o valor total.

Para lotes de quantidades superiores a 10 exemplares tem um desconto de 15% a incidir sobre o valor total.

Sinopse: A Seara Nova é uma revista fundada em Lisboa, no ano de 1921, por iniciativa de Raul Proença e de um grupo de intelectuais portugueses da época.
Na sua origem era uma publicação essencialmente doutrinária e crítica, assumidamente com fins pedagógicos e políticos.
Francisco António Correia, Faria de Vasconcelos, Câmara Reis,
Jaime Cortesão, Aquilino Ribeiro e Raul Proença
O grupo de intelectuais reunidos em torno do projecto editorial definiram-na como "de doutrina e crítica", tendo como objectivo, como se lê no editorial do N.º 1, datado de 15 de Outubro de 1921, ser de poetas militantes, críticos militantes, economistas e pedagogos militantes.
Com a publicação pretendiam contribuir para quebrar o isolamento da elite intelectual portuguesa, aproximando-a da realidade social.
Depois da implantação da Ditadura Nacional surgida da Revolução Nacional de 28 de Maio de 1926, o grupo da Seara Nova, a que actualmente se usa atribuir a designação de seareiros, não obstante a censura e as dificuldades financeiras, assumiu-se como um dos grupos mais activos no combate ideológico contra o salazarismo.
Nos seus anos iniciais o projecto reuniu alguns dos principais nomes da intelectualidade do tempo, com destaque para Jaime Cortesão, Raul Proença e António Sérgio, mas também, entre outros, Raul Brandão, Aquilino Ribeiro, Câmara Reis, e Augusto Casimiro. Após estas vicissitudes e múltiplas entradas e saídas de colaboradores, a revista perdeu o prestígio de outrora e já pouco significa enquanto movimento social actuante.
Historial da publicação:
A Seara Nova iniciou a sua publicação no mês de Outubro de 1921, ostentando o seu primeiro número a data de 15 de Outubro de 1921. O N.º 2 saiu logo a 5 de Novembro, incluindo um artigo de Raul Proença sobre a noite sangrenta e outros comentários à profunda crise política e social que então se vivia. O lançamento da revista foi precedido por um conjunto de reuniões, uma das quais, decisiva para o arranque do projecto, foi realizada em Abril daquele ano na localidade de Coimbrão, distrito de Leiria, nela tendo participado Teixeira de Pascoaes, Raul Proença, Câmara Reis, Jaime Cortesão, Aquilino Ribeiro, Raul Brandão e Faria de Vasconcelos[1]
Os colaboradores:
Raul Proença
O grupo pretendia intervir activamente na vida política do país, aproximando a elite intelectual republicana e progressista da realidade portuguesa, servindo-se da revista como foco da sua potencial acção pedagógica e doutrinária.
Entre os colaboradores iniciais incluíam-se alguns intelectuais já com experiência jornalística e de participação cívica na imprensa, com destaque para Jaime Cortesão, Augusto Casimiro e Raul Proença, que já haviam pertencido à A Águia, publicação que não obstante as suas intenções não tinha podido satisfazer o propósito de intervenção e de aproximação ao social que os animava.
Foram muitos os intelectuais que colaboraram na Seara Nova ao longo dos seus mais de 50 anos de publicação relativamente regular, contando-se entre muitos outros, os seguintes: António Sérgio (que integrou a direcção a partir de 1923 e nela se consagrou como pensador e crítico notável), Augusto Casimiro, Augusto da Costa Dias, Rogério Fernandes, Augusto Abelaira, Teixeira Gomes, Assis Esperança, Afonso Duarte, Hernâni Cidade, Joaquim de Carvalho, João de Barros, Irene Lisboa, Manuel Mendes, José Rodrigues Miguéis, José Bacelar, Álvaro Salema, Lobo Vilela, Santana Dionísio, José Gomes Ferreira, Adeodato Barreto, Adolfo Casais Monteiro, Mário Dionísio, João Martins Pereira, Avelino da Costa Cunhal, Fernando Lopes Graça e Jorge de Sena.
Quase desde o início do projecto, foi Raul Proença quem se destacou pela forte e ousada intervenção no campo político, educativo, e literário. Deve-se também a Raul Proença ter recrutado alguns dos mais importantes colaboradores do projecto, com destaque para António Sérgio.
Aquilino Ribeiro
António Sérgio, apesar de ter depois abandonado o projecto numa cisão em que foi acompanhado por Jaime Cortesão, desenvolveu na Seara Nova uma notável acção pedagógica e cultural, tendo um papel fundamental no combate à tendência literária para o vago, nebuloso, torre de marfim que então dominava, através da introdução de formas de crítica literária mais racional. Nessa linha de intervenção foi continuado por Castelo Branco Chaves e por Agostinho da Silva.
Deve-se a Câmara Reis o desenvolvimento de um importante trabalho pedagógico e cultural, com destaque para a divulgação metodológica e para a discussão doutrinária no campo da educação.
O percurso político e ideológico:
Raúl Brandão
Após a implantação da Ditadura Nacional e da consolidação do subsequente Estado Novo, a Seara Nova transformou-se no principal periódico de oposição democrática ao regime de António de Oliveira Salazar. Ao longo do meio século que se seguiu ao Golpe do 28 de Maio, a revista, através do pensamento dos seus colaboradores, desempenhou um papel central na reflexão e intervenção crítica face ao processo de degenerescência do liberalismo republicano da década de 1920 e depois na oposição à consolidação do Estado Novo na segunda metade da década de 1930, na resistência cívica ao longo dos anos de 1940 e 1950 e na renovação doutrinária da esquerda portuguesa e na sua afirmação política e cultural nos anos de 1960 e 1970 até à queda da ditadura e à subsequente reorganização da vida política e intelectual portuguesa. Ao longo de todo este percurso temporal e político, a acção da Seara Nova foi um dos principais veículos de consolidação da oposição democrática em Portugal.
Para além da actividade editorial, o grupo da Seara Nova promoveu colóquios e debates, sempre com o propósito de estudar e investigar a realidade portuguesa e esclarecer o público, mantendo uma assídua e relevante presença na vida cultural portuguesa.
Apesar das vicissitudes resultantes da censura em Portugal e das dificuldades financeiras que o projecto atravessou, manteve o entusiasmo e a persistência dos editores e o interesse do público, numa aliança invulgar em Portugal de criatividade, combatividade e pujança ideológica.

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