Bücherverbrennung significa em alemão literalmente queima de
livros. É um termo muitas vezes associado à ação propagandística dos nazis,
organizada entre 10 de maio e 21 de junho de 1933, poucos meses depois da
chegada ao poder de Adolf Hitler. Em várias cidades alemãs foram organizadas
nesta data queimas de livros em praças públicas, com a presença da polícia,
bombeiros e outras autoridades.
Tudo o que fosse crítico ou desviasse dos padrões impostos
pelo regime nazi foi destruído. Centenas de milhares de livros foram
queimados no auge de uma campanha iniciada pelo diretório nacional de
estudantes (Verbindungen).
Os estudantes, em particular os estudantes membros das
Verbindungen, membros das SA e SS participaram nestas queimas. A organização
deste evento coube às associações de estudantes alemãs NSDStB e a ASTA, que com
grande zelo competiram entre si tentando cada uma provar que era melhor do que
a outra. Foram queimados cerca de 20.000 livros, a maioria dos quais
pertencentes às bibliotecas públicas, de autores oficialmente tidos como
"pouco alemães" (undeutsch).
O poeta nazi Hanns Johst foi um dos que justificou
a queima, logo depois da ascensão do nazismo ao poder, com a "necessidade
de purificação radical da literatura alemã de elementos estranhos que possam
alienar a cultura alemã".
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