Autor: Vera Lagoa
Prefácio: António Valdemar
Tradução:
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Editora: Editorial Ibis
Edição: 2ª
Ano: 1968
Nº de págs.: 395
Dimensões: 14x 20 cm
Dimensões: 14x 20 cm
Conservação: Bom
Preço: 10,00 €
Referência: 1604024
Sinopse: Vera Lagoa (pseudónimo de Maria Armanda Falcão) tornou-se
uma personagem marcante na década de sessenta. Cronista social de incrível
irreverência, assumiu, pela mordacidade, pela elegância da sua escrita, da sua
postura, um papel inovador entre nós — crispando por igual os moralistas da
direita e da esquerda.
Observadora astuta da
alta burguesia, farpeia personalidades até aí intocáveis. As setas com que
mimoseia, por exemplo, Natália Thomaz, filha do Presidente da República, nas
compras, nos chás, nas estreias, nas recepções fazem-se, jornalisticamente,
antológicas.
O pseudónimo Vera
Lagoa surgiu durante um almoço com Luís de Sttau Monteiro: Vera proveio do
desejo de ser verdadeira, Lagoa do vinho branco que bebiam à refeição.[…]
Membro do staff da
candidatura à Presidência da República de Humberto Delgado, em 1958, Vera Lagoa
não conseguiu que o general seguisse, no seu apoteótico regresso do Porto, o
itinerário anunciado entre Santa Apolónia e o Rossio. «Ele deixou-se
influenciar pelos que o rodeavam, sobretudo pela mulher. Estavam com medo que a
polícia provocasse incidentes graves, dada a multidão presente. A caravana, que
seria triunfal, não se fez. Foi pena. Desperdiçou-se uma ocasião única... essa
cedência marcou o princípio da derrota do general.»[…]
Mulher de paixões
(não de ideologias), extrema-se, após o 25 de Abril e a separação de
Tengarrinha, à direita. Encabeça as primeiras reacções públicas contra os
comunistas — que passa a combater como outrora combatera os fascistas.
Saída do Diário
Popular, funda O Diabo (recuperando um título de prestígio), que o Conselho da
Revolução manda, porém, suspender. Inconformada, enfrenta os poderes e lança O
Sol, também semanário. Uma bomba explode nas suas instalações, destruindo-as.
Chamados a pronunciar-se, os tribunais restituem-lhe O Diabo.
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