15/11/2015

O Egypto - Notas de viagem

Título: O Egypto - Notas de Viagem
Autor: Eça de Queiroz
Edição:
Editora: Lello & Irmãos
Ano: 1926
Estado: Bom, manuseado, picos de acidez na capa

Preço:  INDISPONÍVEL
Referência: 1511012

Sinopse: "Os escassos dois meses de permanência de Eça de Queirós no Oriente em finais de 1869, a convite do seu amigo conde de Resende que aí se desloca por ocasião da inauguração do Canal do Suez, irão proporcionar-lhe o gosto pelas viagens e a oportunidade de exercitar a escrita, contribuindo decisivamente para a sua formação cultural e para a escolha da sua futura carreira profissional como diplomata.

Eça de Queirós
Nos seus apontamentos de viagem (publicados postumamente, sob o título O Egipto. Notas de Viagem), o futuro diplomata e viajante oferece aos seus leitores vivas descrições dos túmulos faraónicos, falando desses gigantescos monumentos e ainda da paisagem circundante. Evoca os seus percursos e as aventuras na grande e ruidosa cidade do Cairo, onde visitou os decrépitos vestígios coptas e os monumentos islâmicos situados na altaneira Cidadela cairota. Descreve os túmulos dos califas, a vetusta mesquita de Amr, a mesquita de Ibn Tulun e a mesquita da Universidade de Al-Azhar, prestigiados monumentos do mundo muçulmano. Calcorreou, igualmente, a ainda hoje compacta e ruidosa zona comercial de Khan el-Khalili.Eça nunca publicou estas notas, mas serviu-se delas e das imagens que reteve dessa memorável viagem, para construir os percursos de Teodorico Raposo (em A Relíquia) e de Fradique Mendes, com uma nítida diferença: o primeiro retoma a par e passo os caminhos de Eça na sua viagem oriental, o segundo vai até sítios onde o escritor não chegou (o Alto Egipto). Reflexos da viagem queirosiana ficaram também nas Lendas de Santos (o eremita egípcio Santo Onofre), em O Mandarim, em Os Maias), e enfim, referências ao Egipto pairam nas Cartas de Inglaterra e Crónicas de Londres. Acrescentemos que mesmo o percurso mediterrânico, a caminho de Alexandria, lhe oferece algumas linhas para O Mistério da Estrada de Sintra, graças à sua passagem pela ilha de Malta.A temática das viagens exóticas daria a Eça de Queirós lastro para, entre a sátira e a lírica, entre a mordacidade e a veracidade histórica, recriar lugares e momentos que se visitam na distante China de O Mandarim, ou, aqui mais perto geograficamente, a nossa Idade Média de A Ilustre Casa de Ramires. Um gosto pelas viagens, no tempo e no espaço, aberto pelo excitante percurso oriental que nunca esqueceu."

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