Título: Seis Milhões de Mortos
A Vida de Eichmann
Autor: Victor Alexandrov
Editor: Estúdios Cor - Lisboa
Tradução: Paulo António
Coleção: O Mundo em que vivemos
Capa de: Manuel Correia (Brochura)
Ano: 1961 (Março)
Nº de páginas: 232
Dimensões: 14 x 20,5 cm
Preço: INDISPONÍVEL
Referência: 1406077
Sinopse: "Adolf Otto Eichmann (Solingen, 19
de Março de 1906 — Ramla, 1 de Junho de 1962) foi um político da Alemanha Nazi
e tenente-coronel da SS. Foi responsabilizado pela logística de extermínio de
milhões de pessoas no final da Segunda Guerra Mundial - a chamada de “solução
final” (Endlösung) – organizando a identificação e o transporte de pessoas para
os diferentes campos de concentração, sendo por isso conhecido freqüentemente
como o executor-chefe do Terceiro Reich. Adolf Eichmann nasceu e foi educado em
Solingen, na Renânia do Norte-Vestfália, Alemanha. Em 1934 Eichmann serviu como
cabo da SS no campo de concentração de Dachau, onde, aos olhos de Reinhard
Heydrich, se distinguiu. Em Setembro de 1937, ele foi enviado para a Palestina
com o seu superior Herbert Hagen para averiguar as possibilidades da emigração
massiva de judeus da Alemanha para aquela região do médio oriente. Eles
chegaram a Haifa, mas só puderam obter um visto de trânsito para o Cairo. Ao
chegarem à capital do Egipto, eles encontraram-se com um membro da Haganá mas o
conteúdo do encontro é alvo de dúvidas. Também tinham planejado encontrar-se
com líderes árabes na Palestina, incluindo o mufti de Jerusalém Amin
al-Husayni, mas a entrada na Palestina foi-lhes recusada pelas autoridades
britânicas. Hagen e Eichmann escreveram um relatório contrário à emigração de
judeus em larga escala para a Palestina por razões económicas e também porque
contradizia a política alemã de impedir o estabelecimento de um estado judaico
ali. Eichmann participou na Conferência de Wannsee, ocorrida em 1942, na qual
ele foi o responsável pela determinação de assuntos ligados à ‘solução final da
questão judaica’, por ordens de Reinhard Heydrich. Semanas após a conferência,
ele recebeu a patente de SS-Obersturmbannführer, tornando-se o chefe do
Departamento da Gestapo IV B , órgão responsável por toda a logística
relacionada com os estudos e execução do extermínio em curso. No fim da Segunda Guerra Mundial, Eichmann
foi capturado por tropas americanas. No entanto, em 1946 ele conseguiu escapar
de um campo de prisioneiros. Depois de muitas viagens (sobretudo pela Itália e
pelo Médio Oriente), usando um passaporte falsificado, obtido junto à Cruz
Vermelha Internacional, foi para a Argentina em 1950, tendo trazido a sua
família para o país logo depois. Lá viveu sob o nome de Ricardo Klement. Em 11
de maio de 1960, após meses de observação, Eichmann foi sequestrado na
Argentina, por uma equipe de agentes da Mossad (serviços secretos de Israel),
liderados por Raphael Eitan. Foi levado para Israel num vôo de avião da El Al
em 21 de Maio de 1960. O avião viera para a Argentina trazendo uma comitiva
israelense para participar de um evento no país. Adolf Eichmann foi julgado em
Israel, num processo que começou a 11 de Abril de 1961. Foi acusado de 15
ofensas criminosas, incluindo a acusação de crimes contra a Humanidade, crimes
contra o povo judeu, e de pertencer a uma organização criminosa. O julgamento
causou grande controvérsia internacional e, por autorização do governo de
Israel, foi transmitido ao vivo por cadeias radiofônicas de todo o mundo.
Eichmann ficou sentado atrás de um vidro à prova de balas e de som, enquanto
muitos sobreviventes do Holocausto testemunhavam contra ele. Afinal, foi julgado
culpado de todas as quinze acusações e condenado à morte em 15 de Dezembro de
1961. Foi enforcado poucos minutos depois da meia-noite de 1° de Junho de 1962,
na prisão de Ramla, perto de Telaviv. A pena de morte sempre existiu em Israel,
como parte da legislação herdada da época do Mandato Britânico, mas só foi
aplicada no caso de Adolf Eichman. Enquanto acompanhava o julgamento de
Eichmann, Hannah Arendt escreveu uma série de cinco artigos para a revista The
New Yorker, os quais resultaram no livro Eichmann em Jerusalém – Um relato
sobre a banalidade do mal."
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