Autor: Agustina Bessa-Luís
Editor: Guimarães Editores
Agustina Bessa-Luís |
Edição: 1ª edição
Ano: 1998
Nº págs.: 120
Dimensões: 14,5 x 20,5 cm
Estado do livro: Como novo
Capa e sobre-capa: Novos
Preço: 27,00 €
Referência: 1403014
Sinopse:
«Em 4 de Fevereiro de 1799 nasceu, na cidade do Porto, Almeida Garrett ou,
melhor dito, João Baptista da Silva Leitão. Garrett foi um nome de adopção, que
depois tomou ainda mais brilhante engaste com o título de visconde que lhe foi
atribuído por cargos públicos que exerceu e méritos literários do nosso
conhecimento. Proximamente, portanto, decorrerá o bicentenário desse homem de
variados talentos e que os portugueses algumas ocasiões escarneceram para não ter
que o temer. Lembrei-me de escrever uma peça de teatro em sua honra, que foi
actor de teatro e pessoa de muitos ofícios nas coisas do palco, a começar por
dramaturgo. Viveu a época mais célebre do teatro português, foi genial num país
que não consome o génio como consome bifes de cebolada. Acha-o menos ao seu
paladar e dedica-lhe uma desconfiança que é a inveja metida a bom senso.
Garrett foi um extravagante no meio de pomposos. E um sedutor numa terra em que
só havia amadores e não amantes. Possivelmente foi mais competente no discurso
teatral, mesmo quando era deputado, do que convincente na poesia de romanceiro.
Era desses homens que merecem estar sempre apaixonados, para que as Letras o
façam sangrar e o coração espirre tinta de escrever. Aqui estão três rosas para
Garrett, em forma de três actos teatrais. Três rosas de trepar, do Porto, de
que ele gostava por ser terra de flores e creio que por mais nada. A quarta é a
Rosa Montufar, que ele amou com tão belo delírio que não teve ninguém para
confidente e testemunha. O melhor dos grandes homens não deixa vestígios, só
deixa ficções e espaço para elas. O que é melhor que nada.»
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